sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quadros, Quadrinhos Quadrados


O pior é o pensamento do Calvin reflete ao comportamento vinculado ao senso comum...

Não vamos construir um mundo novo se não construirmos um Homem novo!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Brasil Pandeiro

Num pequeno arroubo da valorização do nacional, um trecho do doc de Solano Ribeiro. Os Novos Baianos tocam Brasil pandeiro, a filmagem é bem antiga e tem as cores restauradas.

Vale pela imagem, vale pelo som, vale pela poesia... Os Novos Baianos experimentaram... é verdade, a mistura da guitarra elétrica, baixo e bateria com elementos do samba. Inovaram no som, na atitude.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Vincent

Para um momento de descontração uma curta-metragem.

Esse curta é a primeira animação dirigida por Tim Burton, cineasta cult que sempre dá um toque sombrio com traços cômicos. Atualmente prepara o Lançamento de sua última obra, uma releitura de Alice no País das Maravilhas.

Mas vamos à animação. Vicent versa sobre um menino de sete anos, cujo desejo é ser como Vincent Price. A narração é do próprio Vincent Price e o curta de 1982.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Lançamento de Livro - " O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital"



Hoje tem o lançamento do livro de Bruno Miranda Neves, carinhosamente apelidado de Bruno "Nareba".

Bruno é um amigo feito nos anos de Movimento Estudantil. Já fomos correligionários e adversários, mas sempre companheiros na luta por uma outro sociedade justa e igualitária.

Ele foi uma importante liderança do movimento secundarista nos anos 2000 e após essa experiência ingressou na UERJ no curso de pedagogia. Este livro é resultado da sua formação como pedagogo, seu trabalho de fim de curso.

Assim, é um bom programa ir hoje à lapa na Editora Multifoco, que fica na Av. Mem de Sá, 126, prestigiar o lançamento e assistir a um debate com os Professores Silene Freire e Gaudêncio Frigotto, grandes intelectuais que não abandonaram a perspectiva crítica em direção à Pós-modernidade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Three Little Birds

Música de Bob Marley, interpretada por Gilberto Gil.

Por que enquanto o sol teimar em nascer
E a esperança no coração permanecer

Os Três passarinhos continuarão mensagem levar, e
nós continuaremos a lutar para esse mundo tranformar!


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ética e Política - Frei Betto

Ética e política
Escrito por Frei Betto
08-Dez-2009

A "ética" neoliberal se reduz às virtudes privadas dos indivíduos. Ignora a visão de institucionalidade ética. Assim, reforça a atitude paralisante do moralismo, que reduz a ética a uma ilusória perfeição individual. Ora, se a sociedade é estruturada, a ética é imprescindível para configurarmos o mundo histórico. Portanto, a ética exige uma teoria política normativa das instituições que regem a sociedade. Como acentua Marilena Chauí, não basta falar em ética na política. A crítica às instituições geradoras de injustiças e negadoras de direitos exige uma ética da política. Criar espaços de geração de novos direitos. As instituições devem garantir a toda a sociedade a justiça distributiva - a partilha dos bens a que todos têm direito -, a justiça participativa e a presença de todos – democracia – no poder que decide os rumos da sociedade.

O grande desafio ético hoje é como criar instituições capazes de assegurar direitos universais. Isso supõe uma ruptura com a atual visão pós-moderna, neoliberal, de fragmentação do mundo e exacerbação egolátrica, individualista. Ainda que o ser humano tenha defeito de fabricação, o que o Gênesis chama de "pecado original", há que se criar uma institucionalidade político-social capaz de assegurar direitos e impedir ameaças à liberdade e à natureza. Isso implica suscitar uma nova cultura inibidora dessas ameaças, assim como ocorre em relação ao incesto, outrora praticado no Egito, sem faltar os exemplos bíblicos.

De onde tirar os valores éticos universalmente aceitos? Como levar as pessoas a se perguntarem por critérios e valores? Hans Küng sugere que uma base ética mínima deve ser buscada nas grandes tradições religiosas. Seria o modo de passarmos das éticas regionais a uma ética planetária. Mas como aplicá-la ao terreno político? Mudar primeiro a sociedade ou as pessoas? O ovo ou a galinha?

Inútil dar um passo atrás e fixar-se na utopia do controle do Estado como precondição para transformar a sociedade. É preciso, antes, transformar a sociedade através de conquistas dos movimentos sociais, e de gestos e símbolos que acentuem as raízes antipopulares do modelo neoliberal. Combinar as contradições de práticas cotidianas (empobrecimento progressivo da classe média, desemprego, disseminação das drogas, degradação do meio ambiente, preconceitos e discriminações) com grandes estratégias políticas.

É concessão à lógica burguesa admitir que o Estado seja o único lugar onde reside o poder. Este se alarga pela sociedade civil, os movimentos populares, as ONGs, a esfera da arte e da cultura, que incutem novos modos de pensar, de sentir e de agir, e modificam valores e representações ideológicas, inclusive religiosas.

"Não queremos conquistar o mundo, mas torná-lo novo", proclamam os zapatistas. Hoje, a luta não é de uma classe contra a outra, mas de toda a sociedade contra um modelo perverso que faz da acumulação da riqueza a única razão de viver. A luta é da humanização contra a desumanização, da solidariedade contra a alienação, da vida contra a morte.

A crise da esquerda não resulta apenas da queda do Muro de Berlim. É também teórica e prática. Teórica, de quem enfrenta o desafio de um socialismo sem stalinismo, dogmatismo, sacralização de líderes e de estruturas políticas. E prática, de quem sabe que não há saída sem retomar o trabalho de base, reinventar a estrutura sindical, reativar o movimento estudantil, incluir em sua pauta as questões indígenas, étnicas, sexuais, feministas e ecológicas.

Neste mundo desesperançado, apenas a imaginação e a criatividade da esquerda são capazes de livrar a juventude da inércia, a classe média do desalento, os excluídos do sofrido conformismo. Isso requer uma ideologia que resgate a ética humanista do socialismo e abandone toda interpretação escolástica da realidade. Sobretudo toda atitude que, em nome do combate à burguesia, faz a esquerda agir mimeticamente como burguesa, ao incensar vaidades, apegar-se a funções de poder, sonegar informações sobre recursos financeiros, reforçar a antropofagia de grupos e tendências que se satisfazem em morder uns aos outros.

O pólo de referência das esquerdas, em torno do qual precisam se unir, é somente um: os direitos dos pobres.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com L. F. Veríssimo e outros, de "O desafio ético" (Garamond), entre outros livros.  

Retirado de www.correiocidadania.com.br

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Boris Casoy e os garis

www.viomundo. com.br
Atualizado em 03 de janeiro de 2010 às 17:05 | Publicado em 03 de janeiro de 2010 às 17:02
Bóris Casoy, um serviçal do poder econômico é pego em flagrante delito


por Mario Augusto Jakobskind

Qual a moral que tem o senhor Bóris Casoy depois de ser defenestrado em pleno noticiário? Casoy, um antigo militante do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) saiu-se com a seguinte jóia do pensamento elitista ao ver e ouvir mensagem de dois garis desejando feliz ano novo aos telespectadores: "Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho". E ao fundo alguém gritou para avisar que o áudio estava no ar, interrompendo a reflexão de Casoy: "deu pau, deu pau", ou seja, o áudio estava aberto, ou a merda estava feita.

No dia seguinte, o próprio Casoy pedia desculpas verbais pelo que tinha dito. De que adianta pedir desculpas e tudo ficar por isso mesmo? É o mesmo que o âncora tinha feito desmentindo sua participação no CCC nos anos 60. Desmentiu, mas na prática continuou defendendo os valores do Comando.
O episódio revelou uma faceta do pensamento de parte significativa da elite brasileira, que tem um profundo menosprezo aos trabalhadores de um modo geral, em especial aos que exercem atividades como a dos garis.

Casoy é um digno representante de um segmento das elites, de natureza racista e preconceituosa. É do mesmo time de um jornalista que escreveu um livro dizendo que no Brasil não há racismo e hoje na TV Globo cuida diretamente de todo o noticiário sobre o candidato preferencial da emissora, o senhor José Serra. Em outras palavras, tudo que sai sobre Serra na Rede Globo passa antes pelo crivo de Ali Camel, segundo informam espiões benignos.

É uma vergonha que a TV brasileira seja ocupada por profissionais de imprensa que babam ódio, como Casoy, a qualquer tipo de manifestação das classes populares. Volta e meia, o próprio âncora da Bandeirantes é acionado para criminalizar de forma grosseira o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e qualquer outro movimento social. Ele fala com satisfação, tal como um mlitante ativo do CCC nos anos 60.

Os comentários contra os movimentos sociais são exatamente da mesma natureza que as reflexões feitas por Casoy sobre os garis. É o real pensamento de parte da elite brasileira, que não se conforma com o fato de o Brasil e a América Latina estarem em processo de transformação.

Casoy e outros do gênero, como, por exemplo, Arnaldo Jabor, são pagos para babarem ódio contra tudo que se aproxima de movimentos que visam tornar o país mais justo e igualitário.

Por estas e muitas outras é preciso mostrar aos brasileiros que o manipulado noticiário jornalístico das principais emissoras de televisão faz parte do jogo da dominação. Nada é por acaso, mesmo a reflexão do senhor Casoy ao expor o seu verdadeiro pensamento de servidor incondicional do poder econômico.

O âncora poderá ser gradativamente jogado fora pela cúpula da Band, porque pega mal para ela mostrar uma verdade que diariamente os bi-shots midiáticos tentam maquiar de forma sofisticada para iludir os telespectadores.

Será que o Sinidicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas não vão se pronunciar sobre um fato que fere a ética dos profissionais de imprensa?

Momento em que o escroto reacionário do Boris Casoy fala dos garis:


O pedido de desculpas bem muquirana de Boris Casoy:


"As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem." Karl Marx