sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Poética - Em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Trecho da Missa dos Quilombos: Texto: Pedro CASALDÁLIGA e Pedro TIERRA
Música: Milton NASCIMENTO.

Pode ser lida completa em: http://www.servicioskoinonia.org/Casaldaliga/poesia/quilombos.htm

Estamos chegando do ventre das Minas,
estamos chegando dos tristes mocambos,
dos gritos calados nós somos,
viemos cobrar.

Estamos chegando da cruz dos engenhos,
estamos sangrando a cruz do Batismo,
marcados a ferro nós fomos,
viemos gritar.

Estamos chegando do alto dos morros,
estamos chegando da lei da Baixada,
das covas sem nome chegamos
viemos clamar.

Estamos chegando do chao dos Quilombos,
estamos chegando do som dos tambores,
dos Novos Palmares só somos,
viemos lutar.

Quadros, quadrinhos e quadrados!

Para uma reflexão sobre o feriado do "Dia da Consciência Negra" em 20 de novembro.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Debate: Controle Social e Gestão da Barbárie

Debate super interessante que acontecerá na UERJ na próxima segunda-feira dia 23/11.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Carta aberta de Cesare Battisti a Lula e ao Povo Brasileiro

14 de Novembro de 2009


Como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena! Por Cesare Battisti



“CARTA ABERTA”

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA

AO POVO BRASILEIRO


“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”. (O homem em revolta - Albert Camus)


Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.


Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida.


A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados.


Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam!


Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum.


Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabem qual outro impedimento à extradição.


Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato.


E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em “GREVE DE FOME TOTAL”, com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.


Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.


Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!


Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade


Cesare Battisti

domingo, 8 de novembro de 2009

Para refletir...


"Liberdade, essa palavra, Que o sonho humano alimenta, Que não há ninguém que explique, E ninguém que não entenda!" Cecília Meireles

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pancadaria no lançamento de Livro sobre Sarney

Honoráveis bandidos, este é o nome do livro que causou discórdia e pancadaria no Maranhão. No lançamento, com a presença do autor Palmério Dória, a juventude do PMDB do Maranhão invadiu o auditório e agrediu os presentes. Vejam as cenas do momento da invasão.

Eles foram identificados por que uma filiadada, que possui cargo de confiança no governo Roseana Sarney, esqueceu a bolsa no local.

Um detalhe interessante é que sobre tal fato pouco se falou na grande mídia.




Aqui um link para saber mais sobre o livro: http://www.poracaso.com/dica-de-livro-honoraveis-bandidos-um-retrato-do-brasil-na-era-sarney.html

Quadros, quadrinhos e quadrados

Por que o lucro justifica tudo, inclusive a fome...

Viva a sociedade capitalista!


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Samba da Mais Valia